terça-feira, 15 de setembro de 2020

O MAL E NÓS...

Tudo se iniciou com uma postagem nossa no Facebook, onde se pode ler: “Por enquanto, valorizamos mais o Mal do que o Bem!”.

Então, um amigo indiano nos disse: “Jogue esses males no fogo eterno”.  

Ao que, por gentileza, dissemos: “Quem dera fosse fácil e simples assim, não é amigo?!” 

E ele nos respondeu:

- Diga-me tu.

- Esta foto foi tirada da internet:

“O dinheiro não pode comprar tudo, mas certamente pode comprar uma nova vida para meu filho.”
- Deus criou o mundo, mas o mal o governa.

Em razão disto, procurando esclarecer o tema, ou, ao menos, trazer algumas reflexões sobre o mesmo, escrevemos estas ponderações. Estes fatos, caso queiram, poderão ser acessados neste link: https://www.facebook.com/CarlAosAlvesRodrigues/posts/3262459213850582

Muito bem, antes de tudo, necessitamos compreender algumas premissas básicas para podermos abordar com sabedoria o tema, e, adiantamos que sem compreender estas premissas, jamais poderemos entender corretamente a questão do Mal:

1) Esta palavra Deus é apenas um nome, um termo. Podemos chamar o Criador de Tudo Quanto Existe pelo nome que considerarmos o melhor ou o mais conveniente. Nomes possuem pouca ou nenhuma importância. São apenas formas de nomearmos as “coisas” para que possamos nos comunicar e entender uns aos outros.

2) O único que pode criar é Deus. Assim, Deus cria = Fiat Lux muito antes do Big Bang. O Big Bang é apenas a Criação de nosso Universo. 

3) Deus não age diretamente na Criação, Ele o faz através das criaturas e de suas Leis Eternas e Imutáveis.

4) A Criação é regida, sustentada e orientada por Leis Divinas.

5) As Leis Divinas estão fundamentadas em 3 princípios básicos que se interconectam uns aos outros: Sabedoria, Amor e Justiça. Sendo importantíssimo entendermos que: Sabedoria sem Amor é ilusão e Sabedoria sem Justiça é erro = pecado = errar o alvo.  Amor sem Sabedoria é engano e Amor sem Justiça é tolice e/ou partidarismo. Justiça sem Sabedoria é injustiça e Justiça sem Amor é violência.

6) A Criação é composta de dois elementos universais: O Elemento Material e o Elemento Espiritual.

7) O Elemento Espiritual é passível de evolução, desenvolvendo consciência, mente = pensamento e etc., inteligência, vontade e milhares de outros atributos.

8) O Elemento Material não é passível de evolução, apenas de transformações.

9) O Elemento Espiritual evoluindo alcança o estágio de Espírito, isto ocorre no momento em que ele desenvolve em si a razão, a qual apenas pode “surgir”, como em um Big Bang, quando a capacidade mental do Princípio Espiritual consegue emitir pensamento de forma contínua.

10) As criaturas (= Elemento Espiritual) só podem elaborar transformações do já criado, no entanto, podem ser designados de cocriadores ou auxiliares do Criador = imagem e semelhança.

11) Todo SER criado é um cocriador em alguma medida e/ou extensão, ou seja, estão sempre elaborando transformações na Criação, seja dentro de si mesmos e/ou no mundo (universo) externo.

12) O Criador não criou o Mal, mas Ele permite a sua existência como ferramenta educativa daqueles que o criaram ou que aderiram a ele (Mal) através de suas atitudes, comportamentos, pensamentos, sentimentos e etc. etc. etc.

13) Portanto, o Mal é fruto das criaturas.

14) Quando o veículo físico (corpo orgânico) morre (passando por vários processos transformativos), o que pode ser designado por alma, retornando ao Mundo dos Espíritos, recupera as lembranças de suas existências anteriores e de todo o bem e de todo o mal que fez.

15) As Leis Divinas estão inscritas na Consciência de cada ser (até o átomo conhece as Leis Divinas), não importando seu grau de evolução = aprimoramento.

Para entendermos o Mal, necessitamos compreender também:

1) Tudo pelo que passamos e sofremos são materiais didáticos que nos ensinam preciosas lições de aprendizagem e amadurecimento. Aprendendo e amadurecendo estamos avançando no caminho do progresso = evoluindo, pouco a pouco, passo a passo.

2) A nossa felicidade é proporcional ao Bem e ao Mal que praticamos, e jamais podemos desconsiderar as vinculações com o conjunto de nossas várias existências.

3) Não existem sofrimentos aleatórios e sem razão de ser. Tudo que sofremos e pelo que passamos possuem as suas causas e fundamentos, aos quais estamos vinculados no tempo e no espaço.


Ao ferirmos as Leis Divinas, praticamos (fazemos) o Mal, e com isto geramos cicatrizes em nosso ser e fora de nós, são as marcas de Caim, no que se referem a nós, e pelas quais seremos responsabilizados e teremos de reposicionar tudo o que foi desequilibrado e perturbado, levando-os ao equilíbrio e à harmonia nas pautas da corrente-criativa-evolutiva.

Seja fazendo o Bem ou o Mal estamos criando causas que estarão gerando seus efeitos = consequências, pelas quais responderemos = somos responsáveis, e sofreremos as repercussões em nosso ser. Se tivermos praticado o Bem, receberemos de retorno à felicidade, a alegria, a harmonia, o equilíbrio, paz e etc. Se tivermos feito o Mal, o retorno será sofrimento, dor, doença, tristeza, infelicidade, insatisfações, desequilíbrios, perturbações e etc.

Nenhum Mal que tivermos praticando, seja mesmo em pensamentos ou emocionalmente, ficará sem sua devida punição no tempo e no espaço. Portanto, se escaparmos das repercussões = consequências nesta vida, nos retornos posteriores (reencarnações) arcaremos com os efeitos. Daí, podermos observar tantas desigualdades, tantas disparidades, doenças e injustiças e etc. em nosso mundo, já desde o berço.

Todos os Espíritos nascidos na Terra são devedores maiores ou menores diante das Leis Divinas, a exceção é Jesus. Portanto, nada do que soframos é injusto ou errou-se o alvo.

Na medida em que os homens (Espíritos, nós) avançarmos no caminho do progresso = evolução, iremos deixando o Mal e caminharemos, mais e mais, passo a passo, nas linhas do Bem, vivenciando, assim, por compreensão e conscientização, as Leis Divinas, as quais podem ser resumidas em Sabedoria, Amor e Justiça. Nesse tempo = estágio, o Mal deixará definitivamente a Terra e os Espíritos que teimosamente e por rebeldia insistirem em seus vínculos com ele (o Mal) também terão de deixar a Terra, e, por consequência, serão transferidos para mundos compatíveis com o estágio evolutivo em que se encontram, onde a valorização do Mal é maior que a do Bem.

O Bem elevam os homens em entendimento, em fraternidade, igualdade, caridade, solidariedade, ou, numa palavra, em Amor.

O nosso egoísmo exacerbado nos vinculam ao Mal. O Bem nos conectam ao Amor, e, por consequência, à felicidade. Ninguém poderá ser realmente feliz sendo incapaz de amar, seja a si mesmo ou ao próximo.

Se fôssemos solidários, fraternos, caridosos, ou em uma palavra, se fôssemos capazes de amar, o Mal não existiria na Terra. Infelizmente, somos egoístas, pensamos apenas em nós mesmos e, no máximo, nos nossos, assim = deste modo, fazemos, por consequência, o Mal quase o tempo todo. Diante do que podemos definir, com tranquilidade e sem medo de errar: O Mal é a ausência do Bem, conforme muito bem definem os Espíritos Superiores dentro dos ensinamentos do Espiritismo.





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