- Não, senão não seria Deus. Ele existe de todo o sempre!
2. Se Deus existe de todo o sempre, e quanto aos seres?
- Estes não, todos tiveram um início qualquer. Tudo que foi criado teve um início. A Criação teve um início, no entanto, não podemos considerar que Deus tenha ficado ou permanecido ocioso por um milésimo de segundo sequer. Portanto, Deus cria desde o início.
3. E o Universo, teve um início?
- Sim, todos os Universos tiveram um início; se não fosse assim, eles existiriam desde todo sempre e, consequentemente, seriam igual a Deus e não pode ser, porque, o único que existe desde todo o sempre é apenas este Ser ou Algo que chamamos ou designamos de Deus.
4. O Big Bang é o início do Universo?
- Do Universo físico, sim! Mas, existem inúmeros outros Universos. E uns dão impulso ou origem uns aos outros. Existem universos anteriores ao universo que conhecemos e que pode ser denominado de Universo Físico ou Material.
5. Estes Universos podem ser conhecidos?
- Alguns, com o tempo serão conhecidos da ou pela Humanidade. Sem desconsiderarmos que a Morte é tão somente um portal através do qual retornaremos ao Universo que deixamos temporariamente pelas portas do nascimento. Entretanto, outros universos existem que estão muito além das potencialidades e capacidades perceptíveis de que somos dotados agora, tanto os que estão mergulhados na matéria densa, tidos como encarnados, ou para aqueles que estão fora desta matéria, os quais são designados de Espíritos ou desencarnados. Porém, na medida em que os seres forem consubstanciando as potencialidades de que são dotados, estes universos passarão a ser conhecidos; mesmo em que pese esta evolução se processe em milhões de bilhões de anos, porém que importância tem isto, afinal, tempo não conta aqui.
6. Como provar a existência de Deus?
- Improvável. A existência Dele, por enquanto, só pode ser corroborada pela lógica, pela razão e através do sentimento que todos têm de ser assim ou da veracidade de tal premissa, porém, o que ocorre é que muitos negam e/ou rejeitam este sentimento em si mesmos.
7. Este sentimento da existência de Deus é pela intuição?
- É um sentimento íntimo, que nasce nas profundidades do Ser. Ele está além da intuição, mas pode ter componentes dela atrelada a ele, dando a este sentimento maior segurança aos que o detectam em si mesmos.
8. Seria a fé?
- Não, pois que a fé é ou deveria ser algo racional. Quanto à fé emocional, esta constantemente conduz as pessoas ao fanatismo, o qual não traz certezas, mas apenas imposições. O que não coaduna com a liberdade que Deus traçou para todos os seres.
9. A Ciência irá provar a existência de Deus?
- Com o tempo virá melhor compreensão das coisas e das funcionalidades destas. Na medida em que o progresso avançar, a Ciência verificará a necessidade da existência de uma causa primária por trás de tudo que existe, tanto em seu surgimento (criação), quanto na sua sustentabilidade. Porém, nenhuma instrumentação é ou será capaz de apreender a Deus. Chegar-se-á a conclusões matemáticas acerca da existência de Deus, porém, jamais através de qualquer instrumentação por mais avançada esta seja.
10. E quanto ao ser humano em si, este algum dia apreenderá a Deus?
- Sim, na medida em que forem se aperfeiçoando (evoluindo) a matéria deixará de obscurecer sua mente, a sua razão, enfim, consequentemente, as suas percepções. Com isto, na medida em que avançar no caminho de seu progresso possível e inevitável, mais irá compreendendo e vendo a Deus.
11. Se, por enquanto, não podemos compreender Deus, poderemos ter uma ideia correta Dele?
- Sim, pela lógica, pela razão e pelo bom senso. Os princípios que os Espíritos deram e que estão expostos na Doutrina Espírita O define muito bem, dentro das limitações humanas de momento, é claro. E qualquer conceito que fuja a estes princípios é um erro ou um equivoco, ei-los:
- Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
Deus é eterno, porque se tivesse tido um princípio qualquer, teria de existir algo antecessor ou anterior a Ele, e, no caso, este é que seria Deus. E é assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito, à eternidade e à impossibilidade de existir mais de um Deus.
É imutável, porque se Deus estivesse sujeito a mudanças, as LEIS que regem o Universo não teriam nenhuma estabilidade.
É imaterial, porque a sua natureza difere de tudo o que chamamos de matéria. E, por outro lado, Ele não seria imutável, caso se confundisse com a matéria, porque estaria sujeito às transformações que a matéria sofre.
É único, porque se existissem muitos Deuses não haveria unidade de pensamento, nem unidade de poder e etc na ordenação do Universo e das coisas.
É onipotente, porque Ele é único. Se não tivesse o poder soberano, algo haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto Ele, e assim Ele não poderia ter criado tudo. E uma vez que não criou tudo, não poderia dar sustentabilidade ou ter o domínio de tudo.
Ele é soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela tanto nas coisas mais pequeninas como nas maiores, e essa sabedoria não permite divisão nem da justiça, nem do amor e nem da bondade de Deus.