- Porque a mercadoria que elas oferecem nos interessam de algum modo.
As palavras acima caem como luvas para muitos de nós, quando deixamos ou abrimos mão de nossos direitos; quando nos calamos; quando nos omitimos; quando permitirmos ser desrespeitados, maltratados e etc.; quando nos silenciamos diante de injustiças, arbitrariedades, preconceitos... E tantas outras "coisas", situações etc. que nos denigrem de algum modo ou ao nosso próximo.
Também podemos observar a atuação da proposição acima citada toda vez que paramos para ouvir alguém falando mal de outrem de algum modo, principalmente, se for denigrindo-o. Nestas circunstâncias tristes e lamentáveis, na maioria absoluta das vezes, nós também nos comprazemos neste butim infeliz. Alimentamos tais relações doentias porque elas vem de encontro aos nossos próprios anseios, desejos, modo de ser etc.... Por conseguinte, elas satisfazem nossa fome íntima/emocional de alguma maneira.
Enquanto nos locupletarmos em um tal contexto, estaremos sujeitos a sermos enganados, ludibriados... Mais cedo ou mais tarde! Pois, estas pessoas, hoje, elas estão contigo. Ou, como dizem no popular, estarão puxando seu saco. Amanhã, só Deus sabe por quais terras/caminhos/trilhas estarão andando e se dignarão de pararem para lançarem suas sementes de inquietação e de perturbações.
Devemos buscar a vigilância, estarmos atentos e nunca deixarmos de pensar, de racionalizar. Não podemos engolir a refeição/comida sem efetuarmos os procedimentos da mastigação, sob pena de podermos vir a incorrermos em males maiores e ulteriores.
Do mesmo modo acontece igualmente em nossas relações e inter-relacionamentos. Não podemos aceitar desavisadamente o que nos dizem, principalmente, sobre outrem, particularmente e acima de tudo, se for algo que denigre o próximo de algum modo, nestas situações devemos ir verificar/saber se há ou não procedência/verdade no que nos foi dito acerca de fulano ou beltrano. Se não possuímos/temos a precisa coragem moral para agirmos dentro deste padrão, então, o melhor é colocarmos uma pedra sobre o assunto e esquecê-lo. E não sairmos desvairadamente e desavidamente espalhando-o, alimentando-o ou fomentando-o, e, menos ainda, nunca, nos locupletarmos igualmente em um festim tão infeliz e prejudicial aos outros e a nós mesmos.
Se agimos dentro destas linhas grotescas, devemos atentar-nos para dificuldades maiores que, certamente, portaremos em nossa intimidade. E nestes casos, também é de bom alvitre irmos procurar um profissional para buscarmos auxílio, dentro de um trabalho psico-pedagógico, para sanarmos as problemáticas desditosas que trazemos na intimidade.
Reconhecermos que somos portadores de "problemas" é grandeza, negá-las é sinal de baixeza, de falta de caráter... E o que é pior, significa também que não temos interesse de nos melhorarmos. Então, nestes casos, o indicativo é de que a "coisa" está realmente de mal a pior e virá de futuro a pior mais ainda.
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