Este foi um poste publicado em outro de meus sites em "comunidades.com", também de nome Canteiros de Ideais. Ele foi publicado em 2011 ou 2012, não sei mais o mês exato, mas mexendo no meu site, hoje parado, redescobri este poste que hoje, dia 27/10/2017, publico aqui.
OU A HISTÓRIA DE MINHA VIDA
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Acho
engraçado ver as pessoas falando em escolhas. Para existir escolha, você
deverá, antes de tudo, conhecer os dois lados. Sem isto, não se pode
falar em escolha.
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Eu escolhi meu caminho, pois fui
atrás... Meus pés e pernas percorreram muitas e muitas estradas
empoeiradas por esta vida. E para isto, apanhei bastante, mas também
bati. Antes, não o tivesse feito, mas, infelizmente, desavisado e
imaturo... o fiz. Faz parte do processo, creio! Assim, tenho as costas
lanhadas. Como soldado de guerra, guardo profundas cicatrizes...
Orgulho-me de muitas delas, apesar das “calientes” lágrimas que me
custaram... Mas, com o passar do tempo, me parece que valeram cada gota!
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Bom, tive de brigar e muito pelas
minhas escolhas, pelo que procurava (a Verdade), pelo que queria.
Considero-me um Buscador da Verdade. Não importa onde ela esteja, vou
atrás. E foi por este fato mesmo que fui taxado, por meu pai, de filho
do demônio. Não importa, se este era e foi o preço a ser pago para ir
atrás da Verdade, que seja. Ele assim me taxou porque não aceitei o jugo
religioso que quis me impor. Não aceitei a canga que quiseram enfiar-me
no pescoço em nome de Deus. Por isto, meu pai disse-me que eu era um
amaldiçoado... Um filho do demônio... Não me reconhecia como seu filho.
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Portanto, meus amigos e amigas,
minhas escolhas tiveram um alto preço. Porém, seja como for, escolhi
mesmo assim. Escolhi conhecer, saber, compreender por mim mesmo. Nada de
aceitar por aceitar. Certamente, fé cega não era meu forte desde a
minha infância. Então, quis conhecer, quis saber. E fui procurar saber.
Não fiquei parado. E, aí, foi um Deus nos acuda. Mas, valeu a pena...
Valeu cada centavo!
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Conseguintemente, fui um
desbravador de meu país interior. Iniciei meus estudos com o mundo
mágico de Monteiro Lobato, aos 12 anos de idade. Com 15 anos já tinha
lido a Bíblia de ponta a ponta... Passei para os quadrinhos, eitá mundo
mágico de possibilidades. Visualizava aqueles personagens e me
perguntava se era verossímil, se eram possíveis.
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E assim dei um salto para o
terreno da Ufologia... Já tinha ouvido estórias, desde a roça, no
interior bravio, onde nasci à beira de um rio. Eram luzes misteriosas.
Diziam, às gentes da região, ser a mula sem cabeça, o boi-tatá. A mãe do
ouro! Talvez, por isto, o salto para o mundo fantástico de Monteiro
Lobato não foi coisa tão estranha.
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Sem saber onde procurar, me vi
apaixonado pelo mundo das Artes Marciais... Queria conhecer, saber sua
filosofia... Conhecer suas práticas meditativas da inação na ação.
Coitado de mim! Por aqui, no Ocidente, tal com aconteceu com a Yoga,
conhecemos só o lado externo do assunto. Os exercícios físicos! Assim,
vaguei entre Judo, Caraté, Taekwondo e Capoeira... Fiquei um pouco
satisfeito no Tai Chi Chuan. Porém, não foi o suficiente!
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Depois desse périplo, antes de
avançar pelos campos da Ufologia, tentei a Ciência, em particular, a
Astronomia... Falava-se na época de buracos negros, se existiriam ou
não; especulava-se sobre os Quasares e coisas tais... No entanto, esse
campo era por demais estéril para mim, apesar da beleza do Cosmos para o
qual fiquei apaixonado até os dias de hoje.
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Deste modo, fui acalentar-me nos
braços da Ufologia... Com ela vi meus interesses despertados pelos
poderes da mente humana. Corri atrás e entrei no mundo misterioso e
oculto da Parapsicologia... Fui conhecer os Faquires, as pesquisas, as
conclusões... Mas, este mundo me deixou sedento. Não me satisfez.
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Então, fui aplacar, em parte, a
minha sede, no mundo da Yoga ou Yôga. Que importância tem? Sei lá, não
estava preocupado com isto; mas, sim, com os tesouros ocultos, as pedras
preciosas que a Yôga detinha. Isto sim! Estudei a Raja Yoga, a Gnana
Yoga, a Hatha Yoga, a Bhakti Yoga e vai por aí afora. São tantas yogas.
Porém, o Ocidente, de um modo geral, só conhece a Hatha Yoga... Fazer o
quê?! Paciência!
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Seja como for, ainda existia uma
sede implacável em meu interior, queria saber mais. Descobrir! Então,
mergulhei no mundo do esoterismo, do oculto... Fui saber acerca da
Doutrina Secreta, Teosofia, Rosa-cruzes (que existem, pelo menos, umas
três: A Amorc, a Aurea e a Hermética). Adentrei o mundo do Hermetismo,
dos Cavaleiros Templários, em cuja ordem, fui convidado a entrar. Mas,
novo, aos 18 anos, ir para a França era algo impensável para mim. Tolo
ou talvez nem tanto; não fui. Fiquei por aqui mesmo, estudando a
Astrologia, o Tarô e coisas tais.
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Mergulhei mais fundo ainda: Fui
saber acerca da Maçonaria, do Gnosticismo... Conheci Heráclito pelo qual
me apaixonei também (devia ser os hormônios da juventude), depois
Carlos Castañeda e adentrei-me no mundo mágico do Xamanismo. Vi muitas
coisas; sondei alguns mistérios, diversas profundidades...
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Com este dealbar de dimensões, vim
a conhecer a psicologia esotérica pela qual me apaixonei até os dias
atuais, apesar de esta paixão ter-me levado a repudiar a psicologia
acadêmica, por parecer ter ficado um tanto pobre para mim. Fazer o quê,
não é?! Talvez, devesse ter mergulhado em Wilhelm Reich, Wilhelm Wundt,
Sigmund Freud, Carl Gustav Yung e etc... Mas, os vi apenas de raspão. Já
estava fascinado pelo espírito, pela espiritualidade... Apesar dos meus
vários e muitos preconceitos contra o Espiritismo, talvez, porque, de
início tivesse andando pelo Presbiterianismo, pelas Igrejas da
Assembleia de Deus, cheirado as Testemunhas de Jeová, Catolicismo... No
entanto, estas religiões oficiais nunca conseguiram me satisfazer, desde
o início. Via muitas falhas e erros em seus profitentes... para poder
olhá-las com bons olhos.
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Também bati às portas do Budismo,
do Zen, do Budismo Tibetano que é um tanto diferenciado... Ahhh que
saudade de Lobsang Rampa. Coitado, como malharam este sujeito. Também
fui estudar as religiões da Índia... Nooossa, o ocidente hoje está sendo
a Índia de ontem, como eles possuem derivações religiosas...
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Rapaz, meu currículo é vasto.
Fundei grupos, participei de vários grupos... Percorri comunidades...
Estive em rodas de Umbanda no meio dos matos... Conversei com
Espíritos... Fui estudar Gurdjieff por quem me apaixonei. Longos anos de
estudos, meditações e práticas, mas ainda não estava totalmente
satisfeito. Sentia falta de algo. Alguma coisa não estava no lugar... E
quando o descobri o que faltava: Ahhh, que delicias...
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ERA DE JESUS. Comecei minha
caminhada com Ele, através das letras da Bíblia, entretanto, no meio do
caminho o abandonei, para descobri-Lo muito depois, no seio do
Espiritismo. Hoje sou Espírita. Mas, não larguei a Protoánalise que é um
cabedal de conhecimentos humanos... O classifico também dentro do
conceito das psicologias esotéricas. Ah, é, e os Sufis... Sim,
cheirei-os também. Pude sentir seu perfume. E Rajneesh... Pois é, bons
tempos...
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Acho que não consigo falar de
tantas culturas e tantos grupos de que participei. Sempre um ou outro
fica para trás, perdido nas vagas da memória e das lembranças.
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Então, não vem você me falar de
escolha. EU ESCOLHI SER ESPÍRITA! Não fui escolhido, não cheguei aqui ao
acaso. Olhe a minha caminhada e vá percorrer todos estes caminhos e
estradas se quiser debater comigo sobre a questão de escolher. Conhecer
apenas um lado da moeda não faz de ninguém um doutorando nesta questão.
Quanto a mim, eu escolhi ser o que sou e estar onde estou, pois andei
por muitas estradas, ruelas, vielas, por matas virgens... Meus pés
ficaram calejados pelos espinhos de juás e outros calhaus. Então, posso
dizer que foi uma questão de escolha!
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E este é um resumo de meu pequeno currículo, lavrado entre lágrimas, suor, lutas e bolhas nos pés!
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