sexta-feira, 27 de outubro de 2017

A MINHA HISTÓRIA

Este foi um poste publicado em outro de meus sites em "comunidades.com", também de nome Canteiros de Ideais. Ele foi publicado em 2011 ou 2012, não sei mais o mês exato, mas mexendo no meu site, hoje parado, redescobri este poste que hoje, dia 27/10/2017, publico aqui.

OU A HISTÓRIA DE MINHA VIDA
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Acho engraçado ver as pessoas falando em escolhas. Para existir escolha, você deverá, antes de tudo, conhecer os dois lados.  Sem isto, não se pode falar em escolha.
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Eu escolhi meu caminho, pois fui atrás... Meus pés e pernas percorreram muitas e muitas estradas empoeiradas por esta vida. E para isto, apanhei bastante, mas também bati. Antes, não o tivesse feito, mas, infelizmente, desavisado e imaturo... o fiz. Faz parte do processo, creio! Assim, tenho as costas lanhadas. Como soldado de guerra, guardo profundas cicatrizes... Orgulho-me de muitas delas, apesar das “calientes” lágrimas que me custaram... Mas, com o passar do tempo, me parece que valeram cada gota!
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Bom, tive de brigar e muito pelas minhas escolhas, pelo que procurava (a Verdade), pelo que queria.  Considero-me um Buscador da Verdade. Não importa onde ela esteja, vou atrás. E foi por este fato mesmo que fui taxado, por meu pai, de filho do demônio. Não importa, se este era e foi o preço a ser pago para ir atrás da Verdade, que seja. Ele assim me taxou porque não aceitei o jugo religioso que quis me impor. Não aceitei a canga que quiseram enfiar-me no pescoço em nome de Deus. Por isto, meu pai disse-me que eu era um amaldiçoado... Um filho do demônio... Não me reconhecia como seu filho.
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Portanto, meus amigos e amigas, minhas escolhas tiveram um alto preço. Porém, seja como for, escolhi mesmo assim. Escolhi conhecer, saber, compreender por mim mesmo. Nada de aceitar por aceitar. Certamente, fé cega não era meu forte desde a minha infância. Então, quis conhecer, quis saber. E fui procurar saber. Não fiquei parado. E, aí, foi um Deus nos acuda. Mas, valeu a pena... Valeu cada centavo!
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Conseguintemente, fui um desbravador de meu país interior. Iniciei meus estudos com o mundo mágico de Monteiro Lobato, aos 12 anos de idade. Com 15 anos já tinha lido a Bíblia de ponta a ponta... Passei para os quadrinhos, eitá mundo mágico de possibilidades. Visualizava aqueles personagens e me perguntava se era verossímil, se eram possíveis.
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E assim dei um salto para o terreno da Ufologia... Já tinha ouvido estórias, desde a roça, no interior bravio, onde nasci à beira de um rio. Eram luzes misteriosas. Diziam, às gentes da região, ser a mula sem cabeça, o boi-tatá. A mãe do ouro! Talvez, por isto, o salto para o mundo fantástico de Monteiro Lobato não foi coisa tão estranha.
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Sem saber onde procurar, me vi apaixonado pelo mundo das Artes Marciais... Queria conhecer, saber sua filosofia... Conhecer suas práticas meditativas da inação na ação. Coitado de mim! Por aqui, no Ocidente, tal com aconteceu com a Yoga, conhecemos só o lado externo do assunto. Os exercícios físicos! Assim, vaguei entre Judo, Caraté, Taekwondo e Capoeira... Fiquei um pouco satisfeito no Tai Chi Chuan. Porém, não foi o suficiente!
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Depois desse périplo, antes de avançar pelos campos da Ufologia, tentei a Ciência, em particular, a Astronomia...  Falava-se na época de buracos negros, se existiriam ou não; especulava-se sobre os Quasares e coisas tais... No entanto, esse campo era por demais estéril para mim, apesar da beleza do Cosmos para o qual fiquei apaixonado até os dias de hoje.
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Deste modo, fui acalentar-me nos braços da Ufologia... Com ela vi meus interesses despertados pelos poderes da mente humana. Corri atrás e entrei no mundo misterioso e oculto da Parapsicologia... Fui conhecer os Faquires, as pesquisas, as conclusões... Mas, este mundo me deixou sedento. Não me satisfez.
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Então, fui aplacar, em parte, a minha sede, no mundo da Yoga ou Yôga. Que importância tem? Sei lá, não estava preocupado com isto; mas, sim, com os tesouros ocultos, as pedras preciosas que a Yôga detinha. Isto sim! Estudei a Raja Yoga, a Gnana Yoga, a Hatha Yoga, a Bhakti Yoga e vai por aí afora. São tantas yogas. Porém, o Ocidente, de um modo geral, só conhece a Hatha Yoga... Fazer o quê?! Paciência!
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Seja como for, ainda existia uma sede implacável em meu interior, queria saber mais. Descobrir! Então, mergulhei no mundo do esoterismo, do oculto... Fui saber acerca da Doutrina Secreta, Teosofia, Rosa-cruzes (que existem, pelo menos, umas três: A Amorc, a Aurea e a Hermética). Adentrei o mundo do Hermetismo, dos Cavaleiros Templários, em cuja ordem, fui convidado a entrar. Mas, novo, aos 18 anos, ir para a França era algo impensável para mim. Tolo ou talvez nem tanto; não fui. Fiquei por aqui mesmo, estudando a Astrologia, o Tarô e coisas tais.
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Mergulhei mais fundo ainda: Fui saber acerca da Maçonaria, do Gnosticismo... Conheci Heráclito pelo qual me apaixonei também (devia ser os hormônios da juventude), depois Carlos Castañeda e adentrei-me no mundo mágico do Xamanismo. Vi muitas coisas; sondei alguns mistérios, diversas profundidades...
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Com este dealbar de dimensões, vim a conhecer a psicologia esotérica pela qual me apaixonei até os dias atuais, apesar de esta paixão ter-me levado a repudiar a psicologia acadêmica, por parecer ter ficado um tanto pobre para mim. Fazer o quê, não é?! Talvez, devesse ter mergulhado em Wilhelm Reich, Wilhelm Wundt, Sigmund Freud, Carl Gustav Yung e etc... Mas, os vi apenas de raspão. Já estava fascinado pelo espírito, pela espiritualidade... Apesar dos meus vários e muitos preconceitos contra o Espiritismo, talvez, porque, de início tivesse andando pelo Presbiterianismo, pelas Igrejas da Assembleia de Deus, cheirado as Testemunhas de Jeová, Catolicismo... No entanto, estas religiões oficiais nunca conseguiram me satisfazer, desde o início. Via muitas falhas e erros em seus profitentes... para poder olhá-las com bons olhos.
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Também bati às portas do Budismo, do Zen, do Budismo Tibetano que é um tanto diferenciado... Ahhh que saudade de Lobsang Rampa. Coitado, como malharam este sujeito. Também fui estudar as religiões da Índia... Nooossa, o ocidente hoje está sendo a Índia de ontem, como eles possuem derivações religiosas...
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Rapaz, meu currículo é vasto. Fundei grupos, participei de vários grupos... Percorri comunidades... Estive em rodas de Umbanda no meio dos matos... Conversei com Espíritos... Fui estudar Gurdjieff por quem me apaixonei. Longos anos de estudos, meditações e práticas, mas ainda não estava totalmente satisfeito. Sentia falta de algo. Alguma coisa não estava no lugar... E quando o descobri o que faltava: Ahhh, que delicias...
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ERA DE JESUS. Comecei minha caminhada com Ele, através das letras da Bíblia, entretanto, no meio do caminho o abandonei, para descobri-Lo muito depois, no seio do Espiritismo. Hoje sou Espírita. Mas, não larguei a Protoánalise que é um cabedal de conhecimentos humanos...  O classifico também dentro do conceito das psicologias esotéricas. Ah, é, e os Sufis... Sim, cheirei-os também. Pude sentir seu perfume. E Rajneesh... Pois é, bons tempos...
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Acho que não consigo falar de tantas culturas e tantos grupos de que participei. Sempre um ou outro fica para trás, perdido nas vagas da memória e das lembranças.
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Então, não vem você me falar de escolha. EU ESCOLHI SER ESPÍRITA! Não fui escolhido, não cheguei aqui ao acaso. Olhe a minha caminhada e vá percorrer todos estes caminhos e estradas se quiser debater comigo sobre a questão de escolher. Conhecer apenas um lado da moeda não faz de ninguém um doutorando nesta questão. Quanto a mim, eu escolhi ser o que sou e estar onde estou, pois andei por muitas estradas, ruelas, vielas, por matas virgens... Meus pés ficaram calejados pelos espinhos de juás e outros calhaus. Então, posso dizer que foi uma questão de escolha!
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E este é um resumo de meu pequeno currículo, lavrado entre lágrimas, suor, lutas e bolhas nos pés!



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