segunda-feira, 27 de abril de 2015

AMIGOS DE VERDADE

Considero amigo de verdade somente aqueles que detém a liberdade de falar comigo qualquer coisa acerca de minha pessoa ou sobre o meu modo de ser.

Se alguém não se sente à vontade para falar conosco, seja sobre nossas atitudes, nossos conceitos, condutas, comportamentos, ideias ou para nos chamar à atenção... E se, por outro lado, não conseguem, igualmente, falar conosco de si mesmos ou sobre si, então, tais pessoas não são AMIGOS DE VERDADE. 

Do mesmo modo, devemos ter a liberdade de lhes falar qualquer coisa. Se não nos sentimos bem ou se ficamos constrangidos, inquietos, seja porque motivo for, em sermos honestos e sinceros com referidas pessoas... Nesse caso, também não estaremos na pauta de verdadeiros amigos.

Amigos de verdade são aqueles com os quais nos relacionamos de igual para igual. Com os quais temos a liberdade de falar e de ouvir... Com os quais não nos omitiremos por conveniências sociais ou afetivas... Não importa se estão ao nosso lado, se são nossos parentes, irmãos, se estão distantes, se somos casados com eles e etc..

Consideramos que quando nos chamam a atenção é buscando/visando o nosso melhor. Isto é, se estamos fazendo algo de errado ou de inadequado e se alguém fala conosco é porque quer nos ajudar. E, dentro deste contexto, mesmo que este alguém não seja nosso amigo de verdade, terá nos ajudado.

Convenhamos, a verdade doí. E não é nada agradável ouvir certas coisas, mesmo que seja para o nosso bem. Entretanto, isto acontece assim porque desde pequenos somos educados para mentir e disfarçarmos (o que é outra mentira). Verdade, verdadeira! Aceitemos ou não, é fato! Os nossos pais e educadores nos ensinam aparentemente a sermos corretos, sinceros e honestos. Porém, sub-repticiamente, talvez até de modo inconsciente, somos educados para o contrário. 

A criança observa e detecta isto (a realidade, os fatos) em todos à sua volta. Tanto em família quanto na sociedade... E, assim, cá nos encontramos nós, tendo dificuldades enormes em sermos sinceros e honestos - emocionalmente - uns com os outros.

Por conseguinte, seja por qual motivo (isto não importa muito), se uma dada pessoa, mesmo que ela se posicione como nosso inimigo ou adversário, ou queira, simplesmente, nos prejudicar de algum modo e por qualquer motivo, ao falar conosco, ela estará nos ajudando. Através de suas palavras ou com base no que ouvirmos, poderemos crescer ou nos esforçarmos para tal. Poderemos tirar do episódio possibilidades e oportunidades para aprendermos e para amadurecermos como seres humanos, como pessoas, como espíritos imortais que somos verdadeiramente e etc..

Daí, muitos inimigos acabam transformados (para infelicidade e desgraça deles) em nossos verdadeiros amigos. Pois estes nos falam sem piedade de nossos defeitos e falhas... Enquanto, muitos que estão na condição de amigos se calam, silenciam... Enquanto os nossos adversários e desafetos (não os falsos, claro!, pois se temos amigos falsos, também teremos falsos inimigos) ao lançarem em nossas faces o seu azedume, a sua ira, se temos maturidade suficiente, poderemos crescer e nos transformarmos em pessoas melhores, consequentemente, mais evoluídas. E mais libertas das teias da materialidade e da ignorância!

Ah, quem dera a humanidade pudesse viver de modo honesto e sincero uns com os outros. Em pouco tempo alcançaríamos um patamar de desenvolvimento e evolução jamais pensado. Pouco sonhado!

A desonestidade, o tentar agradar uns aos outros etc. etc. etc. devido às nossas deficiências de caráter, de moral, éticas e, mesmo, em razão das nossas carências emocionais/afetivas (infantilidade) que portamos, atravancam o nosso progresso como pessoas, como seres humanos que somos (e olha que muitos e muitas vezes chegamos a duvidar disto). Em essência,  somos seres espirituais e somos filhos de um Criador Todo Amor e Justiça (não importando o nome que lhe damos), entretanto falta-nos vivermos como tal.

Observando... Concluímos... Ainda temos muito a percorrer, há muito para aprendermos, há muito para crescermos como pessoas e como espíritos imortais. Somos infantis e muitos dentre nós ainda se encontram nas tabas e ocas primitivas, falando em termos emocionais e mentais.

Existem muitos brutos entre nós que não estão matando e destroçando tudo o que se encontra à sua volta, simplesmente, devido ao medo dos "agentes" reguladores das sociedades humanas. Porém, sempre acontece que alguns vencendo este temor primevo, de certa forma, até estribados ao não verem as consequências das ações de determinados indivíduos e grupos que se colocam acima da Lei e da Justiça, acabam quebrando as correntes que os continham e liberam suas atitudes, comportamentos e ações destrutivas, e, deste modo, terminam machucando, ou trazendo danos e prejuízos (em qualquer terreno: emocional, mental, físico, econômico, financeiro etc.) ao seu próximo, aos que estão à sua volta, ou à sociedade na qual se encontram inseridos 
transitoriamente (sim, momentaneamente, pois quase tudo na vida é passageiro, inclusive a vida física!).

Vamos refletir. Vamos pensar. Vale mesmo a pena sacrificar aquilo que é perene em função/razão daquilo que é temporário, passageiro e permanecerá para trás, esquecidos, sucumbidos ou destroçados na poeira dos tempos e dos mundos?!

Desta vida unicamente o que levamos são os conhecimentos adquiridos, as conquistas íntimas realizadas e as afeições sinceras que tivermos construído. O restante desmoronará. Ruirá! Tal como as civilizações e quaisquer outras conquistas passageiras que a humanidade conseguiu ao longo e em qualquer tempo de sua história...

Onde está a Roma dos Césares, os construtores das pirâmides e todo o resto? Já existiu grandes civilizações por sobre a Terra, algumas delas a maioria dos povos de hoje nem nunca ouviram falar; de outras, restaram apenas vestígios, escombros... indícios de uma existência duvidosa... Seja de um modo ou outro, onde estão suas conquistas e suas glórias?

O mesmo ocorre com os indivíduos...

O tempo é implacável. A evolução é irrefreável... Estrelas também morrem. Planetas são destruídos... A galáxia, cresce, evolui e se transforma... Com ela seres, mundos e estrelas serão - irremediavelmente - convocados ao progresso. Os que vão de bom grado vivem felizes, os que resistem sofrem grandes percalços e contratempos... é a aprendizagem através da dor e do sofrimento. 

Assim, não se assustem com as "problemáticas" que campeiam no mundo e nem com tanta dor e miséria, social e individual, que vergastam/fustigam os indivíduos, as sociedades e o planeta de canto a canto. Tudo está na pauta da Lei. Afinal, o Regente Supremo é uma Consciência Justa e Amorável. Não há como enganá-La, não há como suborná-La...  A Lei de Ação e Reação é indefectível e imperturbável. Compreendes isto?!

Pense acerca de tudo isto!





terça-feira, 7 de abril de 2015

PERDÃO

A imagem acima (ou ao lado) já diz tudo. Portanto, deveria ser suficiente. Não precisaríamos acrescentar mais nada. Porém, como as nossas dificuldades são imensas... Como temos muitas resistências em aceitar... Como desprezamos pensar, meditar e refletir... Acrescentaremos um pouco mais...

Diz-nos Paulo, dentre outras coisas, sobre o PERDÃO, em uma comunicação datada de 1861, recebida na cidade de Lyon, França, o seguinte: "Há, porém, duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: “Eu lhe perdoo”, mas, interiormente, alegram-se com o mal que lhe advém, comentando que ele tem o que merece. Quantos não dizem: “Perdoo” e acrescentam: “mas não me reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida.” Será esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão é aquele que lança um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em conta, visto que Deus não se satisfaz com as aparências. Ele sonda o recesso do coração e os mais secretos pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs palavras e de simulacros. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é peculiar às grandes almas; o rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade. Não olvideis que o verdadeiro perdão se reconhece muito mais pelos atos do que pelas palavras. – Paulo, apóstolo."

Nós conhecemos e exercitamos bastante o perdão dos lábios, entretanto o perdão do coração é algo bem, mas bem mais difícil. Não basta falar... não basta afirmar... não basta pensar... não basta achar... É algo que deverá ser sentido até às entranhas de nossa Alma e Coração para que o perdão se configure em "algo" agradável ao Senhor da Vida. Podemos nos enganar, podemos enganar o mundo, porém não temos como enganar o Criador ou a nossa própria Consciência. Apesar de que podemos narcotizar a nossa Consciência por mais ou menos tempo, porém não eternamente. E óbvio, tudo isto tem um preço. Porém, não estávamos falando disto...

Se o perdão é "algo" que "lança um véu sobre o passado", significará que a partir deste momento passarei a ter a mais absoluta confiança no outro. Caso contrário, meu perdão foi a "meias". E se foi pela metade, não foi perdão. Não terei perdoado... Não perdoei... Foi um perdão dos lábios...

Perdoar é amar, assim como amar é perdoar. E se não existe confiança, não existe também amor. E se não existe amor, não houve perdão. Deste modo, para que o perdão exista, ele necessita e deve ser INCONDICIONAL. Qualquer condicionalidade, matará o perdão!

Nós, os seres humanos, dizemos muitas coisas, mas entendemos pouco e vivenciamos menos ainda. Buda já nos alertava para os perigos de nosso desequilíbrio... Vivemos nas extremidades. Temos muitas dificuldades de viver o caminho do meio, isto é, do equilíbrio. Em outras palavras, falamos muito, mas vivemos muito pouco do que falamos. Também não gostamos muito de refletir. Pensar nos dói a cabeça!

E devido a estes e muitos outros motivos, o perdão cristão é algo desconhecido para a maioria de nós. No entanto, isto não é motivo ou justificativa para que desistamos de lutar para alcança-lo um dia... Assim, avante pois!!!

"É forçoso reconhecer que o perdão exige operações profundas nas estruturas da consciência. - Emmanuel in Abençoa Sempre."


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

AS COBRAS E O SER HUMANO


"Cobra" é uma denominação genérica, utilizada frequentemente na língua portuguesa como sinônimo para serpente. A maior parte das cobras põe ovos e a maior parte destas os abandona pouco depois da oviposição. No entanto, recentemente, foi confirmado que várias espécies de cobras desenvolvem os seus descendentes completamente dentro de si, nutrindo-os através de uma placenta e um saco amniótico. 

Humano (conhecido taxonomicamente como Homo sapiens, do latim "homem sábio", e também chamado de pessoa, gente ou homem) é a única espécie animal de primata bípede do gênero Homo ainda viva. Os membros dessa espécie têm um cérebro altamente desenvolvido, com inúmeras capacidades como o raciocínio abstrato, a linguagem, a introspecção e a resolução de problemas. E outros processos de pensamento de alto nível, como a autoconsciência, a racionalidade e a sapiência, são considerados características que definem uma "pessoa".

Por ser o ápice da criação, a nível de Terra, podemos fazer algumas "correlações" entre a espécie humana com os diversos seres dos demais reinos que compõem a estratificação ontogônica do planeta Terra ou Tiamath, conforme é designada por alguns dos Filhos das Estrelas. Mas, isto é outra história.

Logo, sob este aspecto, existem as "pessoas cobras". São "pessoas" venenosas que inoculam os desavisados e distraídos com os vírus da antipatia, do antagonismo, da desconfiança, da descrença, da desilusão e de tantos outros males que perturbam e molestam os seres humanos. Para cada vírus, gestado e alimentado pelo ser, um veneno diferente, sendo referido veneno o meio (o liquido amniótico) em que estes assentam sua existência e sobrevivência.

Porém, para que um deles, ou vários desta diversidade viral, atuem no cosmos de alguém, referida pessoa deverá estar com o seu sistema imunológico em baixa ou aberto. Sim, por exemplo, são pessoas que aceitam tudo o que lhes é dito sem passarem o que recebem pelo crivo da razão, do bom senso, da lógica, da caridade cristã e etc. Diante disto, desavisados e desatentos, apesar de se dizerem Cristãs, não põem em prática os ensinamentos de Jesus, tal como o "orai e vigiai, para não cairdes em tentação", conseguintemente, dão vastos pastos ao Mal.

Mal, sim, pois tais atitudes não se coadunam com as linhas do Bem. Se ouvimos uma maledicência sobre alguém, sejam as informações verdadeiras ou não, cabe a mim, como receptor de triste "mensagem", ser o ponto final da mesma. Abrindo mão de continuar "irradiando-a" (transmissão contagiosa de polaridade negativa) aos outros, estarei trabalhando com Jesus para um Bem Maior. Exceto, se aquilo que o outro faz, esteja trazendo prejuízo a outrem ou à coletividade. Neste caso, devo trabalhar para a solução dos problemas, todavia, jamais para acumular (ou, como se diz, jogar) mais lenha na fogueira.

Se eu não vou contribuir para o Bem geral, então devo calar-me! Fazer silêncio! Consequentemente, sejamos nós o ponto final dos "venenos" que nos chegam através dos olhos, dos ouvidos ou dos vários outros órgãos perceptivos que temos. Até mesmo porque, na medida em que alimentamos ou cultivamos os "venenos" recebidos, também nos convertemos em "cobras" humanas, passando a determos potencial para contagiarmos outras e mais outras pessoas, ou seja, a humanidade. 

E por humanidade não nos referimos apenas à que está revestida de (ou possui) um corpo de carne, líquidos e ossos. Conforme já deixamos antever, para os mais atentos, nestas parcas linhas, o caso se reveste de maior gravidade do que o exposto, por vivermos imersos em um Universo multidimensional. Ou seja, existem muitas dimensões. E estas outras dimensões também são habitadas por seres pensantes e atuantes como nós mesmos, apenas se encontram revestidos de corpos com uma constituição diversa, um tanto quanto, diferenciada da nossa. Porém, isto não significa ou é impedimento para que não interatuemos com eles ou junto deles. A nossa falta de percepção ou de consciência dos fatos, deve-se a que a maioria destas interações ficam "desapercebidas", ocorrendo no campo da inconsciência ou subconsciência, para a grande maioria de nós outros.

Mas, seja como for, na medida que vamos nos alinhando a certas condutas e comportamentos, vamos atraindo seres correspondentes (correlatos) que passam a se consorciarem conosco, por se encontrarem na mesma faixa de sintonia e vida. E, com isto, vamos complicando nosso ecossistema. Sim, somos um "ecossistema" formado de diversos microcosmos, tais como: O organismo físico, o emocional, o mental, o consciencial, o espiritual e et cetera. Daí a multiplicidade de doenças e complilcações, nestes diversos organismos, com as quais a ciência, a medicina e as religiões se veem a braços.

Por conseguinte, observando as variedades de espécies de cobras existentes no mundo físico, na Natureza, podemos ver a correlação com diversos tipos de pessoas e seus comportamentos infelizes. E como o Universo é regido pela Lei de Causa e Efeito, todo produto, subproduto ou resultado infeliz decorrente destes fatores, nos vinculam ao Mal, inapelavelmente. E, neste contexto, não adianta as argumentações e justificativas sofísticas que buscamos promulgar em nosso favor ou não necessariamente!

Até mesmo porque, seria de se perguntar, nós temos "consciência" suficiente para sabermos definir e distinguir se o prazer e etc. que estamos obtendo (colhendo) com tal ou qual ato, atitude, comportamento, sentimento, pensamento e etc. está nos vinculando ou não ao Mal? Se nos comprazemos "naquilo", a nossa tendência inconfessável é de defender a "infelicidade", promovida e sustentada por nós, como felicidade! Em um processo de autoengano e autoilusão!

Por isto...

Estejamos atentos, até mesmo porque as "cobras humanas", além de se perfilarem à outras "cobras", que existem além da dimensão física (em referência a esta, na qual vivemos por hora), estão com os dias contados sobre a Terra (em quaisquer uma de suas dimensões). Pois, todas elas serão degredadas (exiladas) para outros mundos primitivos que existem na vastidão imensa da Casa do Pai, na conformidade e sintonia daquilo que se é ou do que nos fizemos ser, ou nos tornamos!

E nunca podemos esquecer: Podemos enganar a nós mesmos, podemos enganar aos outros, porém, jamais, conseguiremos enganar a Justiça Divina e a seus representantes!


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

SENSIBILIDADE PSÍQUICA


Fato inegável é que todos os seres humanos são dotados de uma mente. E, também, fato é que não se conhece com exatidão as potencialidades mentais dos seres humanos.


Somos seres sencientes. Por conseguinte, a questão é saber qual o grau de nossa lucidez mental. E, neste aspecto, podemos dizer: Depende de cada um e de sua caminhada ao longo das diversas Vidas. 

Resumindo: Não há como negar que todos nós somos seres perceptivos. Deste modo, todos nós, percebemos e, consequentemente, reagimos, mais ou menos, às ondas mentais uns dos outros e de seres que estão além da dimensão física (percebida por nós, através de nossos cinco sentidos). Em outras palavras, podemos ser mais ou menos conscientes das ondas mentais. E esta diferenciação perceptiva e reativa deriva de muitos fatores. Porém, um destes fatores que leva as pessoas a não terem consciência, com certeza, é o Estado Consciencial de Sono no qual a maioria dos seres humanos vivem mergulhados nele. Mas, busquemos exemplificar a situação no plano prático! 

Quando alguém fala de nós (não importa se bem ou mau), a percepção deste fato irá depender do Estado Consciencial em que o ser vive. Outro fator importante que não podemos perder de vista, nosso estado consciencial varia ao longo de um período de tempo. Mas, retomando a exemplificação: Digamos que o sujeito A fale de B para a pessoa C. Diante disto, a percepção da persona B dos fatos ocorridos, ou seja, sobre a conversa entre A e C sobre ele, irá depender de seu nível perceptivo. Ele poderá ter nenhuma consciência (percepção) do acontecido, poderá ter alguma consciência ou poderá ter total consciência.

Além disto, entre estes três níveis, ou estados, ou possibilidades e etc., conforme queiram definir, existem milhares de condições ou possibilidades intermediárias, variando tanto quanto existem diferenciação entre os indivíduos.

Muito bem, o fato de uma determinada pessoa não ter nenhuma consciência da ocorrência, não significa que ela não sentiu, ou não percebeu, o acontecimento em algum grau ou nível qualquer. Ou seja, sempre sentimos e vamos sentir! Explicando em outras palavras: Sempre percebemos! O problema é: Qual o nosso grau de lucidez, ou de desenvolvimento sensitivo ou de nossa sensibilidade psíquica para termos consciência ou não dos eventos ocorridos (ou que esteja acontecendo no momento)?

Na perspectiva contextual ora em pauta, acontece que estas percepções caíram a nível de inconsciente e com isto, ou por causa disto, passaram desapercebidos consciencialmente para a pessoa. Em outros termos: Não tomamos consciência da ocorrência. Entretanto, nem por isto, isto significa ou quer dizer que não tenhamos recebido as ondas mentais e daí termos deixado de reagir aos fatos, mesmo que inconscientemente. Sim, não percebemos a nível consciente, porém reagimos inconscientemente. E mais: Reagimos de diversos modos, a depender de cada um. Por exemplo, uns podem ficar irritados, sem motivos aparentes. Outros, ficam inquietos. Aqueloutros, sentem uma sensação estranha, um incomodo qualquer. Outros tantos, tem reações orgânicas, tais como: Orelha queimando, um incomodo na região da barriga, um calafrio pela espinha dorsal, um arrepio... E vai por aí afora...

As reações podem perpassar pelos níveis emocionais, psicológicos e orgânicos. Significa que podem ocorrer: Apenas a nível emocional, ou apenas no orgânico. Ou, em dois deles. Ou, ainda, nos três níveis ao mesmo tempo. Tudo isto dependerá das capacidades e do desenvolvimento psíquico de cada indivíduo. Por conseguinte, variando infinitamente!

Na segunda situação, significa que outras pessoas podem ter mais ou menos consciência dos fatos. Existem aquelas que se encontram à mercê destas circunstâncias, vivendo uma vida de sofrimentos, dificuldades e etc. Também existem aqueles que conseguem criar uma barreira, em maior ou menor grau, a depender de seu potencial, da capacidade alcançada pelo indivíduo, do amparo ou ajuda espiritual que recebem e etc..

Porém, o assunto é amplo e complexo e demandaria um livro se fôssemos abordar todas as possibilidades, nuances, situações e etc. Aqui, visamos apenas traçar algumas linhas gerais, somente para lançar algum esclarecimento ou trazer alguma luz em torno de um tema tão complexo, empolgante e muitíssimo interessante. Pelo menos, nós assim o consideramos!



sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O PÓ DAS SANDÁLIAS

Quando o Senhor nos recomendou sacudíssemos o pó das sandálias, ao nos retirarmos dos lugares em que a nossa cooperação fraternal ainda não se mostrasse suscetível de ambientação e reconhecimento, não nos induziu à indiferença, ao relaxamento ou à dureza espiritual.

É que o amor-próprio, quando destrutivo em nossa personalidade, nos compele a resoluções e atitudes negativas que, de nenhum modo, se coadunam com o programa cristão que fomos chamados a desenvolver.

O pó das sandálias é a preocupação doentia de recebermos o incenso das considerações sociais, a tristeza improdutiva, diante da calúnia ou da perversidade, a dilaceração inútil perante a ignorância dos outros, o anseio por resultados das nossas ações mais elogiáveis, no campo imediatista da vida, a revolta contraproducente junto às sombras do mal, a indisciplina, ante as ordenações transitórias do mundo, o desânimo à frente das dificuldades, o desalento entre os obstáculos naturais do caminho, a exigência de compreensão alheia, no capítulo de nossas manifestações pessoais, os melindres da suposta superioridade em que, muitas vezes, nos enganamos no próprio íntimo, a desistência da boa luta ou a deserção perante a dor.

Semelhantes estados espirituais simbolizam o pó das sandálias que nos cabe alijar, sem delonga, nos mínimos desequilíbrios entre a vida e nós outros.

Esqueçamos tudo o que nos incline ao resvaladouro da inutilidade e marchemos para diante.

Grande é o campo da Terra e até que a ventania e a tempestade possam remover os tropeços de muita paisagem empedrada e escura na gleba do Planeta, prossigamos semeando o bem, cultivando-o e defendendo-o, em todos os setores de nossa tarefa, convictos de que a plantação da luz produzirá os resultados da felicidade e da perfeição para a Vida Imortal.

- Emmanuel in Perante Jesus


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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

UM ANO VOOU NAS FOLHAS AO VENTO

Para tua e nossa sorte, Hellmanns nem sempre será maionese.

No decorrer deste ano, estivemos assentando-nos em mesa simples e rústica. Procurando matar a fome de pobres criaturas, faltas de um a tudo... Mas, fomos carregados em mãos nuas e calejadas, pelos caminhos empoeirados das serras sem cultura, dos cerrados agrestes, até chegarmos à mesinha rústica de um rancho de capim, à beira de pequeno riacho...

Levados sob o calor escaldante de um sol desabrido, estragamos... Mas, maionese é mesmo assim! Se perde com facilidade... Como rosas frágeis que se despetalam ao menor toque de um leve carinho.

Então, em vez de matarmos a fome daquelas criaturas temerárias, provocamos tremenda diarreia nos desprevenidos de ocasião. Porém, não chores por não ter sido desta vez. Outras, não nos faltarão.  Consequentemente, após as duras lutas desta vida, em outra vida, eles também se levantarão!

O Pai, Amando, sempre zela pelos seus filhos arruadeiros e/ou calaceiros. Ele compreende e aceita, até certos limites, nossas dificuldades e traquinagens... Esgotadas as possibilidades, empedernidos e travessos, o Pai Sapiente e Sereno, renova as paisagens, transforma os tempos, revolve os caminhos... E Helmanns não é mais maionese.

Lá, agora, vamos encontrá-la, renascida, esplendorosa e bela, em mesa fausta e lustrosa, sobre guardanapos de linho fino... No dealbar da forja dos tempos, encontramo-la após ser macerada, não mais sob pés calosos de trabalhadores braçais, mas esmagada pelas retortas da tecnologia avançada, engarrafada como fino vinho... Não sei dizer se tinto ou seco, afinal, meu paladar de moço pobre não foi preparado para provar do prato dos deuses. Ainda não! Agora não! Um dia, talvez!

E assim, avancemos, vamos além... Acertando erros, desfazendo enganos... Aprimoremo-nos! Com vagar, mas sem desanimar, sob o peso das responsabilidades, crescemos e nos iluminemos. E, então, chegaremos a ser gente! Humanos, afinal! Anjos!

No entanto, é todo um processo. É toda uma caminhada que não precisava ser de dor. Avancemos porém, com destemor, decididos... A Eternidade nos aguarda, em eterna e gloriosa espera... Aliás, sob véu do espelho das águas tranquilas, estamos mergulhados nela!



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1) Singela homenagem a todos os homens, mulheres, crianças... a todos seres... 
2) Um dia, renascido entre humanos de carne e osso, tive uma irmã que se chamava Relma....... Mais nova do que eu 1 ano, neste dia, 06/11, faz um ano que foi apressada, sem fazer as malas, na minha frente, desbravar novos caminhos, acertar passos trôpegos, como são todos os nossos. Não preciso dizer: Deus esteja contigo, pois Ele sempre está junto a todos nós. Porém, que possamos, nós outros, estarmos sempre com Ele.



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A MINHA HISTÓRIA


OU A HISTÓRIA DE MINHA VIDA

Acho engraçado ver as pessoas falando em escolhas. Para existir escolha, você deverá, antes de tudo, conhecer os dois lados.  Sem isto, não se pode falar em escolha.

Eu escolhi meu caminho, pois fui atrás... Meus pés e pernas percorreram muitas e muitas estradas empoeiradas por esta vida. E para isto, apanhei bastante, mas também bati. Antes, não o tivesse feito, mas, infelizmente, desavisado e imaturo... o fiz. Faz parte do processo, creio! Assim, tenho as costas lanhadas. Como soldado de guerra, guardo profundas cicatrizes... Orgulho-me de muitas delas, apesar das “calientes” lágrimas que me custaram... Mas, com o passar do tempo, me parece que valeram cada gota!

Bom, tive de brigar e muito pelas minhas escolhas, pelo que procurava (a Verdade), pelo que queria.  Considero-me um Buscador da Verdade. Não importa onde ela esteja, vou atrás. E foi por este fato mesmo que fui taxado, por meu pai, de filho do demônio. Não importa, se este era e foi o preço a ser pago para ir atrás da Verdade, que seja. Ele assim me taxou porque não aceitei o jugo religioso que quis me impor. Não aceitei a canga que quiseram enfiar-me no pescoço em nome de Deus. Por isto, meu pai disse-me que eu era um amaldiçoado... Um filho do demônio... Não me reconhecia como seu filho.

Portanto, meus amigos e amigas, minhas escolhas tiveram um alto preço. Porém, seja como for, escolhi mesmo assim. Escolhi conhecer, saber, compreender por mim mesmo. Nada de aceitar por aceitar. Certamente, fé cega não era meu forte desde a minha infância. Então, quis conhecer, quis saber. E fui procurar saber. Não fiquei parado. E, aí, foi um Deus nos acuda. Mas, valeu a pena... Valeu cada centavo!

Conseguintemente, fui um desbravador de meu país interior. Iniciei meus estudos com o mundo mágico de Monteiro Lobato, aos 12 anos de idade. Com 15 anos já tinha lido a Bíblia de ponta a ponta... Passei para os quadrinhos, eitá mundo mágico de possibilidades. Visualizava aqueles personagens e me perguntava se era verossímil, se eram possíveis.

E assim dei um salto para o terreno da Ufologia... Já tinha ouvido estórias, desde a roça, no interior bravio, onde nasci à beira de um rio. Eram luzes misteriosas. Diziam, às gentes da região, ser a mula sem cabeça, o boi-tatá. A mãe do ouro! Talvez, por isto, o salto para o mundo fantástico de Monteiro Lobato não foi coisa tão estranha.

Sem saber onde procurar, me vi apaixonado pelo mundo das Artes Marciais... Queria conhecer, saber sua filosofia... Conhecer suas práticas meditativas da inação na ação. Coitado de mim! Por aqui, no Ocidente, tal com aconteceu com a Yoga, conhecemos só o lado externo do assunto. Os exercícios físicos! Assim, vaguei entre Judo, Caraté, Taekwondo e Capoeira... Fiquei um pouco satisfeito no Tai Chi Chuan. Porém, não foi o suficiente!

Depois desse périplo, antes de avançar pelos campos da Ufologia, tentei a Ciência, em particular, a Astronomia...  Falava-se na época de buracos negros, se existiriam ou não; especulava-se sobre os Quasares e coisas tais... No entanto, esse campo era por demais estéril para mim, apesar da beleza do Cosmos para o qual fiquei apaixonado até os dias de hoje.

Deste modo, fui acalentar-me nos braços da Ufologia... Com ela vi meus interesses despertados pelos poderes da mente humana. Corri atrás e entrei no mundo misterioso e oculto da Parapsicologia... Fui conhecer os Faquires, as pesquisas, as conclusões... Mas, este mundo me deixou sedento. Não me satisfez.

Então, fui aplacar, em parte, a minha sede, no mundo da Yoga ou Yôga. Que importância tem? Sei lá, não estava preocupado com isto; mas, sim, com os tesouros ocultos, as pedras preciosas que a Yôga detinha. Isto sim! Estudei a Raja Yoga, a Gnana Yoga, a Hatha Yoga, a Bhakti Yoga e vai por aí afora. São tantas yogas. Porém, o Ocidente, de um modo geral, só conhece a Hatha Yoga... Fazer o quê?! Paciência!

Seja como for, ainda existia uma sede implacável em meu interior, queria saber mais. Descobrir! Então, mergulhei no mundo do esoterismo, do oculto... Fui saber acerca da Doutrina Secreta, Teosofia, Rosa-cruzes (que existem, pelo menos, umas três: A Amorc, a Aurea e a Hermética). Adentrei o mundo do Hermetismo, dos Cavaleiros Templários, em cuja ordem, fui convidado a entrar. Mas, novo, aos 18 anos, ir para a França era algo impensável para mim. Tolo ou talvez nem tanto; não fui. Fiquei por aqui mesmo, estudando a Astrologia, o Tarô e coisas tais.

Mergulhei mais fundo ainda: Fui saber acerca da Maçonaria, do Gnosticismo... Conheci Heráclito pelo qual me apaixonei também (devia ser os hormônios da juventude), depois Carlos Castañeda e adentrei-me no mundo mágico do Xamanismo. Vi muitas coisas; sondei alguns mistérios, diversas profundidades...

Com este dealbar de dimensões, vim a conhecer a psicologia esotérica pela qual me apaixonei até os dias atuais, apesar de esta paixão ter-me levado a repudiar a psicologia acadêmica, por parecer ter ficado um tanto pobre para mim. Fazer o quê, não é?! Talvez, devesse ter mergulhado em Wilhelm Reich, Wilhelm Wundt, Sigmund Freud, Carl Gustav Yung e etc... Mas, os vi apenas de raspão. Já estava fascinado pelo espírito, pela espiritualidade... Apesar dos meus vários e muitos preconceitos contra o Espiritismo, talvez, porque, de início tivesse andando pelo Presbiterianismo, pelas Igrejas da Assembleia de Deus, cheirado as Testemunhas de Jeová, Catolicismo... No entanto, estas religiões oficiais nunca conseguiram me satisfazer, desde o início. Via muitas falhas e erros em seus profitentes... para poder olhá-las com bons olhos.

Também bati às portas do Budismo, do Zen, do Budismo Tibetano que é um tanto diferenciado... Ahhh que saudade de Lobsang Rampa. Coitado, como malharam este sujeito. Também fui estudar as religiões da Índia... Nooossa, o ocidente hoje está sendo a Índia de ontem, como eles possuem derivações religiosas...

Rapaz, meu currículo é vasto. Fundei grupos, participei de vários grupos... Percorri comunidades... Estive em rodas de Umbanda no meio dos matos... Conversei com Espíritos... Fui estudar Gurdjieff por quem me apaixonei. Longos anos de estudos, meditações e práticas, mas ainda não estava totalmente satisfeito. Sentia falta de algo. Alguma coisa não estava no lugar... E quando o descobri o que faltava: Ahhh, que delicias...

ERA DE JESUS. Comecei minha caminhada com Ele, através das letras da Bíblia, entretanto, no meio do caminho o abandonei, para descobri-Lo muito depois, no seio do Espiritismo. Hoje sou Espírita. Mas, não larguei a Protoánalise que é um cabedal de conhecimentos humanos...  O classifico também dentro do conceito das psicologias esotéricas. Ah, é, e os Sufis... Sim, cheirei-os também. Pude sentir seu perfume. E Rajneesh... Pois é, bons tempos...

Acho que não consigo falar de tantas culturas e tantos grupos de que participei. Sempre um ou outro fica para trás, perdido nas vagas da memória e das lembranças.

Então, não vem você me falar de escolha. EU ESCOLHI SER ESPÍRITA! Não fui escolhido, não cheguei aqui ao acaso. Olhe a minha caminhada e vá percorrer todos estes caminhos e estradas se quiser debater comigo sobre a questão de escolher. Conhecer apenas um lado da moeda não faz de ninguém um doutorando nesta questão. Quanto a mim, eu escolhi ser o que sou e estar onde estou, pois andei por muitas estradas, ruelas, vielas, por matas virgens... Meus pés ficaram calejados pelos espinhos de juás e outros calhaus. Então, posso dizer que foi uma questão de escolha!

E este é um resumo de meu pequeno currículo, lavrado entre lágrimas, suor, lutas e bolhas nos pés!